Marcadores

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A arte do equilíbrio : trabalho x vida pessoal

Nos últimos dias tenho participado do congresso de qualidade de vida da ABQV, evento que acontece anualmente e de grande importância na área. Uma das reflexões que se tem feito é sobre as dificuldades e desafios que todos nós temos para encontrar um ponto de equilíbrio no qual a vida pessoal tenha seu espaço garantido mas não interfira no trabalho e este por sua vez não comprometa a dedicação e os cuidados com a vida pessoal.
Conheço inúmeros casamentos, famílias, relações parentais, destruidas em função da dificuldade que algumas pessoas têm para se dedicar ao cuidado mínimo com as relações que mantém (ou que tentam manter) com pessoas significativas de suas vidas. É como se acreditassem que podem manter tudo sob controle e que estas pessoas irão aguardar a "sua vez" na agenda eternamente.  No entanto, obviamente, as coisas não acontecem bem assim e o tempo perdido não volta mais.
Em muitos casos é possível agir, intervir e resgatar as relações. Em muitos outros o estrago é tão grande que exige muito esforço e vontade de todos para reverter parte dos danos, mas ainda se consegue resultados razoáveis. E em outros ainda já não há mais tempo, pois a "falta de tempo" para a construção e a manutenção das relações criou lacunas irreparáveis.
A dinâmica e a cultura das empresas têm sua grande parcela de responsabilidade, porém nós também fazemos nossas escolhas e podemos administrar melhor o nosso tempo. Para tanto é necessário identificarmos o que de fato é importante - não neste exato momento, mas a curto, médio e longo prazo - seja na esfera do trabalho, da vida pessoal, social ou familiar.

O que pretendo para minha vida agora e no futuro?
Que coisas são realmente importantes para mim e porquê?
O quê e como tenho feito para conquistá-las? E o que faço para mantê-las?
O quanto isto - que parece absolutamente importante neste momento - é verdadeiramente importante e fará uma diferença significativa em minha vida amanhã, daqui a um mês, daqui a alguns anos ou uma década?

Perguntas que merecem reflexão e respostas sinceras - nem sempre fáceis de encontrar, mas possíveis e que podem fazer a diferença.
O caminho é de cada um. Fazemos escolhas e iremos arcar com as consequências, boas ou não, destas escolhas. Sendo assim, quanto mais fizermos escolhas conscientes, melhor!