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sábado, 9 de julho de 2011

A importância da figura paterna

Sem dúvida a figura paterna tem grande importância na vida e no desenvolvimento das crianças. Felizmente a cada dia existe maior participação espontânea e envolvimento dos pais, embora, a partir de minha experiência como terapeuta, eu acredite que muito se tenha ainda que caminhar no sentido da desconstrução de algumas crenças, na revisão de valores e na mudança de cultura.

Achei interessante este artigo da uol e resolvi compartilhar com vocês.

Família: um time que pode ter várias formações, mas no qual todos são importantes


Pense em um seriado de TV onde a família é o tema central. Normalmente, você vai pensar em cenas em que pais são a figura menos responsável quando o assunto é a criação dos filhos (vide Homer Simpson, personagem desleixado e confuso). Mas uma pesquisa da Universidade da Califórnia, EUA, aponta que essas percepções de que a figura paterna está ligada à incompetência familiar não retrata a real importância dos homens na criação dos filhos.
Ao contrário, os resultados indicam que a parentagem exercida por eles é crucial para o bom andamento da vida social e acadêmica das crianças e que a família é um time no qual todos têm papel de destaque. “O dia da coparentagem deveria ser tão importante quanto outras datas comemorativas”, diz Phillip Cowan, principal autor da pesquisa.
Usando dados colhidos por mais de 30 anos – um estudo longitudinal, feito repetidamente durante muito tempo – de estudos anteriores feitos pela equipe de Cowan e Carolyn Pape, foi observado o papel da figura dos pais em famílias em que um casal era responsável pela criação dos filhos (independentemente do gênero ou do status da relação). Afinal, indicam os pesquisadores, a figura paterna pode ser assumida por uma das partes em um casal homossexual ou mesmo em famílias em que os pais vivem uma vida conjunta, mesmo não estando casados.
“A figura paterna não precisa ser necessariamente um pai biológico. Pode ser de outro gênero e mesmo um dos avós ou o novo namorado ou namorada da mãe (ou, mais precisamente, a figura materna, no caso dos casais homossexuais masculinos)”, apontam os pesquisadores. No caso de pais ou mães solteiros, é possível que indivíduos do círculo de amizade possam, em determinados momentos, assumir temporariamente essa função.
“O principal é uma família em que dois adultos estão engajados e presentes, de forma positiva e proativa, na criação, educação e crescimento de uma criança”, completa Cowan, cujo trabalho atual focou em especial os dados colhidos por uma de suas pesquisas que acompanhou o progresso de mais de 300 pais e mães de baixa renda nos últimos 18 anos. O acompanhamento envolveu entrevistas individuais, em grupos, terapia familiar e também a participação de pesquisadores especializados em tratar conflitos interpessoais.
“Em todos os nossos estudos anteriores, as conclusões foram de que a figura paterna era um apoio necessário para que os filhos lidassem com diversas situações no dia a dia”, diz Pape. E a presença dos pais, mesmo em atividades banais, como dar uma volta no bairro, contribuía para uma menor agressividade dos filhos e maior engajamento na escola. “E quanto mais os pais percebiam a importância deles para os filhos, maior era a recompensa emocional citada pelos entrevistados. Além disso, observamos um aumento da comunicação entre pais e filhos e um maior engajamento nas atividades familiares.”
http://oqueeutenho.uol.com.br/portal/2011/07/04/familia-um-time-que-pode-ter-varias-formacoes-mas-no-qual-todos-sao-importantes/